"Raios de Luz"


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Solenidade de Pentecostes


No próximo Domingo celebramos a Solenidade do Pentecostes, o dia em que a Igreja recorda a descida do Espírito Santo sobre Maria Santíssima e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo.

Antes de partir para o Céu, o nosso Redentor prometeu várias vezes aos Seus discípulos que havia de pedir ao Pai que enviasse o Consolador , o Espírito da Verdade, para que estivesse sempre com eles. No Domingo de Pentecostes recordamos a concretização dessa promessa feita por Jesus.

Narra São Lucas, nos Actos dos Apóstolos, que naquele dia, estando os discípulos todos reunidos com Maria Santíssima, o Espírito Santo desceu sobre eles em forma de línguas de fogo, poisando uma sobre cada um deles. Cheios do Espírito Santo, os apóstolos foram falar em várias línguas, conforme o Espírito lhes concedia.

O Pai eterno, mesmo depois de nos ter entregue o Seu amado Filho, para morrer por nós na cruz, enviou-nos o Espírito Consolador, para habitar nas nossas almas e conservar nelas o fogo sagrado do amor.
Santo Afonso, explicando tão nobre acontecimento na história da Igreja, leva-nos a olhar para todos os pormenores do Domingo de Pentecostes. «O Espírito Santo desceu sobre a forma de línguas de fogo, para nos ensinar que por nosso amor, assumiu o ofício de dirigir as línguas do apóstolos e seus sucessores na pregação do Evangelho».

Para Santo Afonso, o Espírito Consolador apareceu sob a forma de chamas para mostrar que iluminará os espíritos, purificará os corações e estimulará a vontade de todos os fiéis, para trabalharem na santificação própria e na dos outros.

Seremos nós dóceis à acção do Espírito Santo em nós? O Espírito que desceu sobre os apóstolos é o mesmo que é derramado sobre nós, em todos os Sacramentos. Pelo Baptismo, tornamo-nos filhos bem-amados de Deus Pai. No Sacramento do Santo Crisma, recebemos o Espírito de Fortaleza e Sabedoria. Deixamos que o Espírito actue nas nossas vidas?

O Papa Francisco, na AudiênciaGeral da passada quarta-feira, convidou os presentes a rezar ao Espírito Santo e a seguir o exemplo de Nossa Senhora, de forma a «nos deixar inundar pela luz do Espírito Santo, predispondo-nos à Sua acção, buscando conhecer mais a Cristo e as verdades da fé: meditando a Sagrada Escritura, estudando o Catecismo e aproximando-se com mais frequência dos Sacramentos».

De facto, quem melhor que a Santíssima Virgem para nos mostrar como devemos ser dóceis à acção do Espírito Santo? Ela, que acolheu o Espírito Santo no momento da Encarnação do Verbo Divino, é exemplo de fé e de fidelidade à vontade de Deus.

A nós, pobres pecadores que muitas das vezes voltamos as costas a Deus e ao Seu Espírito de Amor, deve fazer-se sempre presente a vontade de rezar, pedindo que por acção do Espírito, as nossas almas sejam libertas do erro e do pecado. Recordemos por isso, as sábias palavras de Santo Afonso, Doutor da Igreja:

«Ó Espírito Santo, Divino Paráclito, Pai dos pobres,
Consolador dos aflitos, Santificador das almas.
Creio que Sois Deus eterno,
da mesma substância do Pai e do Filho divino.
Ofereço-Vos o meu pobre coração
e peço-Vos que queirais purificá-lo com a água da vida eterna
a fim de que seja morada digna de Deus e só em Vós ache repouso.»




Proposta de cânticos para a Missa:

Entrada - Cristo Jesus, tu me chamaste (H. Faria)
Sequência do Pentecostes (M. Faria)
Ofertório - Vem Espírito de Amor
Comunhão - Recebestes um espírito (C. Silva)
Acção de Graças - Consagração a Nossa Senhora
Final - Só no Espírito de Deus

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